Miopatias Autoimunes Sistêmicas

Por Erika

É um grupo de doenças autoimunes que acomete primariamente a musculatura esquelética, podendo cursar também com sintomas de fadiga, alterações em pele, articular, cardíaco, pulmonar e/ou do trato gastrointestinal.

São divididas em: -Dermatomiosite (DM):
-Dermatomiosite Juvenil; 
-Dermatomiosite Amiotrófica (sem acometimento muscular, apenas pele);
-Polimiosite (PM);
-Miosite por corpos de inclusão;
-Miopatia necrosante imunomediada, entre outras.


A incidência anual é de 0,5 a 8,4 casos/milhão de habitantes, com idade de pico de 5 a 15 anos para forma juvenil, 40 a 55 anos para dermatomiosite e polimiosite e mais de 50 anos para miosite por corpos de inclusão. Dermatomiosite e Polimiosite são mais comuns em mulheres e a miosite por corpos de inclusão é mais encontrada em homens.


O quadro clínico mais encontrado é a fraqueza muscular em cinturas pélvica e escapular apresentando dificuldade para levantar da cadeira, pentear os cabelos. A dermatomiosite além do quadro de fraqueza muscular apresenta lesões de pele eritemato violáceas em região de pálpebras, dedos das mãos, cotovelos e joelhos.


Nos exames laboratórios encontramos aumento de CPK, aldolase, DHL, TGO e TGP. O diagnóstico é confirmado pela biópsia muscular, que nem sempre está disponível para realização.


O tratamento é realizado com corticoterapia, fisioterapia para melhora da força muscular, em alguns casos é necessário associar uso de imunossupressores ao tratamento como metotrexato e azatioprina. É importante o início de tratamento precoce para controle rápido dos sintomas evitando maiores sequelas para os pacientes. Também é necessário manter seguimento com exames de sangue e avaliação clínica mesmo estando em remissão, pois um novo surto da doença pode ocorrer.