Artrite Enteropática

É o nome dado para as doenças inflamatórias intestinais (principalmente a colite ulcerativa e doença de Crohn) associadas as espondiloartrites.
É mais comum entre 20 e 30 anos de idade, ocorrendo em homens e mulheres na mesma proporção. 

Nas doenças inflamatórias intestinais, até 50% dos pacientes apresentaram pelo menos uma manifestação extra intestinal, que algumas vezes pode anteceder o quadro intestinal. Entre essas manifestações a artrite é a mais comum.

Pode se apresentar como uma artrite periférica (que não atinge coluna lombar/sacrilíaca), sem deformidades e mais predominante em membros inferiores ou artrite axial (com comprometimento de coluna lombar/sacrilíaca).

Outras manifestações incluem eritema nodoso, pioderma gangrenoso, colangite esclerosante primária, tireoidite de Hashimoto, trombose arterial e venosa e envolvimento ósseo.

Nos exames laboratoriais são encontrados alterações em provas inflamatórias (vhs e pcr) e o HLA B-27 é positivo em 70 % dos casos.

O tratamento é realizado com corticoides, drogas modificadoras de doenças sintéticas ou biológicas. Os anti-inflamatórios devem ser usados com muito cuidado devido risco de sangramento gastrointestinal.

A reabilitação, o suporte nutricional e psicológico é muito importante para o melhor controle das manifestações articulares e digestivas, visando a melhoria da qualidade de vida e controle da atividade de doença.